quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PARA REFLETIR

''Não se mede o valor do homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui; o verdadeiro valor de um homem é o seu caráter, suas idéias e a nobresa de seus ideais'' (CHARLES CHAPLIN)

''A dor, as perdas, o choro, a vida, a felicidade, a tristeza é privilégio dos vivos'' (AUGUSTO CURY)

''Se um dia você tiver que escolher entre o mundo e o amor lembre-se; se escolher o mundo ficará sem amor, mas se você escolher o amor com ele conquistará o mundo'' (ALBERT EINSTEIN)

''Aborreço-me diariamente ao constatar que a sociedade atual possui um rolo compressor que massifica o intelecto dos jovens, aborta o pensamento crítico e os torna estéreos, meros repetidores de dados'' (AUGUSTO CURY)

CRÍTICA AO FILME TEMPOS MODERNOS DE CHARLES CHAPLIN



O filme de Charles Chaplin traz uma série de críticas referentes ao tratamento à classe trabalhadora (o proletariado, em termos da teoria marxista) e aos burgueses (donos dos meios de produção que “exploravam” essa mão-de-obra, que era miserável, que trabalhava muito para cada vez mais aumentar a produtividade nas suas empresas). Cargas horárias extensas, compromisso de estarem produzindo mais e mais, além das condições subumanas em que se encontravam. A luta por melhores salários (que eram baixos), por melhores condições de trabalho (os recintos eram imundos, as máquinas de manuseio perigoso etc.) e por uma carga horária menor, sempre foram uma constante, desde os tempos da Revolução Industrial. Mas o corpo da crítica de Chaplin no filme é com relação a essa exploração, que, nas idéias socialistas, se traduziria, por exemplo, num caso em que um operário trabalha muito para fabricar um automóvel ou eletrodoméstico, mas com o dinheiro que ele, com o suor do seu rosto, ganha no mês, nem poderá comprar o mesmo. Assim, vê-se que a crítica ao modo capitalista nesse fato de justifica. O mesmo ocorre hoje, sem grandes diferenças. De acordo com o conceito de capacidade tecnológica, podemos perceber o quanto se buscava de inovações para que os trabalhadores mais produzissem sem menor perda de tempo. No filme de Chaplin essa crítica de materializa com o aparecimento de uma engenhoca que fosse usada pelos operários para suas refeições. Com aquela espécie de inovação, que mais deu problemas do que soluções, pode-se perceber a preocupação dos senhores proprietários dessas empresas e fábricas em diminuir o tempo do almoço e utilizar o tempo economizado para que os trabalhadores imediatamente voltassem ao trabalho, com a responsabilidade de aumentarem a produtividade mau sabiam que com os intervalos para descanso aumenta . Naquele período, tinha-se a preocupação, por parte dos proprietários, de sempre buscarem inovações. Seria, nesse momento, uma gota d’água para que o homem fosse substituído por máquinas. Máquinas essas que teriam que ser controladas por uma mão-de-obra específica, mais qualificada, fazendo com que muitos trabalhadores, que antes usavam a força e velocidade dos movimentos das mãos, fossem dispensados. Em tempos atuais, essa mudança está quase que promovendo uma revolução, em que, quem não for qualificado o suficiente para trabalhar em um computador, ficará de fora do mercado de trabalho, uma vez que sem esse requisito, que se equipara ao fato de saber ler e escrever, tais indivíduos seriam considerados analfabetos, estariam excluídos das possibilidades de trabalho que hoje se manifestam. Os senhores burgueses representavam uma categoria privilegiada que necessitava de uma mão-de-obra disciplinada que produzisse mais e mais. Não pensavam eles que produzir demais levaria a uma crise de superprodução (A Grande Depressão), onde ninguém iria querer, nem de graça, seus produtos e serviços, uma vez que toda a sociedade estava saturada. O que fazer? Diminuir preços não seria uma desvalorização da força de trabalho empregada pelo pobre trabalhador?
No Brasil ainda se tem o trabalho escravo escondido por aí, ainda têm empresas em que os superiores usam e abusam do lucro retirado em detrimento dos funcionários e ainda convivemos com a triste realidade dos baixos salários.
Uma coisa interessante me chamou atenção no filme, quando o personagem louco, o imprestável para a sociedade não encontrava nenhum trabalho (ou não se encaixava), conseguiu um emprego como humorista e cantor, ficando a mensagem que sempre há algo em que as pessoas conseguem fazer de melhor, do qual se identifica e por isso nunca devemos desistir.
ANA CARLA DE OLIVEIRA

RESUMO FILME TEMPOS MODERNOS - CHARLES CHAPLIN

Tempos Modernos
TÍTULO DO FILME: TEMPOS MODERNOS (Modern Times, EUA 1936)
DIREÇÃO: Charles Chaplin
ELENCO: Charles Chaplin, Paulette Goddard, 87 min. preto e branco, Continental
RESUMO

que explora o proletariado, alimenta todo conforto e diversão para burguesia. Cenas como a que Carlitos e a
Trata-se do último filme mudo de Chaplin, que focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome.
A figura central do filme é Carlitos, o personagem clássico de Chaplin, que ao conseguir emprego numa grande indústria, transforma-se em líder grevista conhecendo uma jovem, por quem se apaixona. O filme focaliza a vida do na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma crítica à "modernidade" e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias "subversivas".
Em sua Segunda parte o filme trata das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais abastadas, sem representar contudo, diferenças nas perspectivas de vida de cada grupo. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista menina órfã conversam no jardim de uma casa, ou aquela em que Carlitos e sua namorada encontram-se numa loja de departamento, ilustram bem essas questões.
Se inicialmente o lançamento do filme chegou a dar prejuízo, mais tarde tornou-se um clássico na história do cinema. Chegou a ser proibido na Alemanha de Hilter e na Itália de Mussolini por ser considerado "socialista". Aliás, nesse aspecto Chaplin foi boicotado também em seu próprio país na época do "macartismo".
Juntamente com O Garoto e O Grande Ditador, Tempos Modernos está entre os filmes mais conhecidos do ator e diretor Charles Chaplin, sendo considerado um marco na história do cinema.

CONTEXTO HISTÓRICO

Em apenas três anos após a crise de 1929, a produção industrial norte-americana reduziu-se pela metade. A falência atingiu cerca de 130 mil estabelecimentos e 10 mil bancos. As mercadorias que não tinham compradores eram literalmente destruídas, ao mesmo tempo em que milhões de pessoas passavam fome. Em 1933 o país contava com 17 milhões de desempregados. Diante de tal realidade o governo presidido por H. Hoover, a quem os trabalhadores apelidaram de "presidente da fome", procurou auxiliar as grandes empresas capitalistas, representadas por industriais e banqueiros, nada fazendo contudo, para reduzir o grau de miséria das camadas populares. A luta de classes se radicalizou, crescendo a consciência política e organização do operariado, onde o Partido Comunista, apesar de pequeno, conseguiu mobilizar importantes setores da classe trabalhadora.
Nos primeiros anos da década de 30, a crise se refletia por todo mundo capitalista, contribuindo para o fortalecimento do nazifascismo europeu. Nos Estados Unidos em 1932 era eleito pelo Partido Democrático o presidente Franklin Delano Roosevelt, um hábil e flexível político que anunciou um "novo curso" na administração do país, o chamado New Deal. A prioridade do plano era recuperar a economia abalada pela crise combatendo seu principal problema social: o desemprego. Nesse sentido o Congresso norte-americano aprovou resoluções para recuperação da indústria nacional e da economia rural.
Através de uma maior intervenção sobre a economia, já que a crise era do modelo econômico liberal, o governo procurou estabelecer certo controle sobre a produção, com mecanismos como os "códigos de concorrência honrada", que estabeleciam quantidade a ser produzida, preço dos produtos e salários. A intenção era também evitar a manutenção de grandes excedentes agrícolas e industriais. Para combater o desemprego, foi reduzida a semana de trabalho e realizadas inúmeras obras públicas, que absorviam a mão-de-obra ociosa, recuperando paulatinamente os níveis de produção e consumo anteriores à crise. O movimento operário crescia consideravelmente e em seis anos, de 1934 a 1940, estiveram em greve mais de oito milhões de trabalhadores. Pressionado pela mobilização operária, o Congresso aprovou uma lei que reconhecia o direito de associação dos trabalhadores e de celebração de contratos coletivos de trabalho com os empresários.
Apesar do empresariado não ter concordado com o elevado grau de interferência do Estado em seus negócios, não se pode negar que essas medidas do New Deal de Roosevelt visavam salvar o próprio sistema capitalista, o que acabou possibilitando possibilitou sua reeleição em duas ocasiões.




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POSTADO POR; Ana Carla de  Oliveira, em 10 de dezembro de 2010, as 00;17
Bibliografia;